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Guia Completo para Definir as Melhores Práticas de Aquisição e Implementação de um ERP

08 outubro, 2024

Implementar um sistema ERP (Enterprise Resource Planning) é uma das decisões mais estratégicas para qualquer empresa. Esse processo permite integrar operações, melhorar a eficiência e fornecer uma visão holística do negócio. No entanto, a aquisição e implementação de um ERP devem seguir boas práticas para garantir que ele atenda às necessidades da empresa tanto no curto quanto no longo prazo. Neste artigo, vamos explorar as melhores práticas para a implementação de ERP, cobrindo desde o levantamento de necessidades até a capacitação dos usuários, sempre com foco em garantir o sucesso do projeto.

1. Levantamento de Necessidades e Priorização

Envolvimento dos Usuários-Chave

O sucesso de um ERP começa com o entendimento das necessidades reais da empresa. Para isso, é crucial envolver os usuários-chave de cada departamento no processo de seleção e implementação. Realizar entrevistas e workshops com os principais colaboradores ajuda a identificar dores e necessidades específicas em áreas como finanças, vendas, operações e logística.

Esse processo de levantamento precisa ser detalhado, garantindo que cada departamento possa expor suas necessidades e desafios diários. Esse envolvimento não só melhora a adoção futura do ERP, como também ajuda a alinhar o sistema com as expectativas dos usuários.

Definir Funcionalidades Essenciais e não Essenciais

Durante o levantamento, é comum listar uma série de funcionalidades desejáveis. No entanto, para garantir que o investimento no ERP tenha o melhor custo-benefício, é fundamental separar as funcionalidades essenciais das secundárias. O foco deve estar nas funcionalidades críticas, aquelas que apoiam os processos principais da empresa, como controle de estoque, gestão financeira e análise de desempenho.

Ao definir essas prioridades, sua empresa evita investir em funcionalidades que não trarão um impacto direto nos resultados e foca nos aspectos que melhorarão a operação.

2. Planejamento para o Futuro

Recursos e Escalabilidade do ERP

Uma das características mais importantes ao escolher um ERP é garantir que ele seja escalável. À medida que a empresa cresce, o ERP deve ser capaz de acompanhar esse crescimento, suportando novos usuários, mais transações e novos módulos. Avaliar se o sistema pode ser facilmente atualizado e expandido é crucial para garantir que o investimento feito hoje continue a gerar valor no futuro.

ERP’s escaláveis, como o SAP Business One, por exemplo, permitem que novas funcionalidades sejam adicionadas à medida que as necessidades da empresa evoluem, garantindo que o sistema permaneça relevante por muitos anos.

Integração com Outras Soluções

Para um ERP ser realmente eficaz, ele precisa ter a capacidade de se integrar facilmente com outras soluções que a empresa utiliza, como plataformas de CRM, sistemas de e-commerce, ferramentas de marketing e software de RH. A capacidade de integração do ERP com outras tecnologias permite que ele funcione como um hub central de informações, facilitando o compartilhamento de dados e a comunicação entre diferentes sistemas.

Uma boa integração elimina a necessidade de trabalho manual e duplicação de dados, garantindo que todos os sistemas estejam sincronizados em tempo real. Por exemplo, informações sobre vendas registradas no sistema de e-commerce podem ser automaticamente atualizadas no ERP, ajustando o estoque e gerando relatórios financeiros sem intervenção manual. Além disso, a integração permite que o ERP amplie suas funcionalidades com soluções especializadas em áreas como análise de dados, automação de marketing e logística.

Portanto, ao escolher um ERP, é essencial avaliar sua capacidade de integração, seja por meio de APIs abertas, conectores prontos ou compatibilidade com serviços de integração em nuvem, para garantir que ele possa se adaptar ao ecossistema tecnológico da sua empresa. Isso proporciona maior flexibilidade e uma visão unificada dos negócios, possibilitando uma gestão mais eficiente e uma melhor tomada de decisão.

3. Customizações Necessárias

Flexibilidade do Sistema

Cada empresa tem processos únicos, e um ERP ideal deve permitir certo grau de customização para se adequar a essas especificidades. No entanto, é essencial avaliar o impacto dessas customizações no longo prazo. Modificações muito extensas podem comprometer a estabilidade do sistema e dificultar futuras atualizações.

Empresas devem buscar ERPs que ofereçam flexibilidade para customizações sem comprometer a usabilidade e a estabilidade do sistema. Além disso, é importante que essas customizações não impeçam a aplicação de atualizações e patches de segurança no futuro.

As Customizações São Realmente Necessárias?

Quando se trata de customizar um ERP, é essencial avaliar cuidadosamente o custo-benefício de cada ajuste. Nem todas as customizações são realmente necessárias e, em muitos casos, o ideal é optar por soluções que já ofereçam funcionalidades prontas que se ajustem bem ao negócio. Isso reduz não apenas os custos iniciais de implementação, mas também simplifica a manutenção e atualizações futuras, garantindo que o sistema permaneça compatível com as melhorias fornecidas pelo fornecedor do ERP.

Muitas empresas têm um “vício” de customização, querendo adaptar o sistema para replicar exatamente os processos que já utilizam. No entanto, essa abordagem pode resultar em um sistema altamente complexo e difícil de manter. É importante considerar se os processos atuais não podem ser melhorados ou adaptados para se alinhar com as melhores práticas oferecidas pelo ERP, em vez de modificar o sistema para se adaptar a processos que podem não ser os mais eficientes.

Em muitos casos, é mais vantajoso adotar o ERP como ele é inicialmente e, após a implementação, avaliar as necessidades de customização com base no uso real do sistema. Isso permite que a empresa identifique de forma mais precisa quais ajustes realmente trarão valor agregado, evitando investimentos desnecessários e complexidades desnecessárias no sistema. Portanto, ao invés de customizar extensivamente o ERP desde o início, a melhor prática pode ser implementar o sistema padrão, educar os usuários sobre suas funcionalidades e, posteriormente, avaliar o que precisa ser adaptado com base na experiência prática.

4. Análise de Ofertas e Decisão de Compra

Comparação de Propostas

Na fase de seleção do ERP, é importante comparar diferentes fornecedores. Use uma planilha de avaliação de ERP para comparar propostas de acordo com critérios como:

  • Funcionalidades oferecidas,
  • Custo total de propriedade (TCO),
  • Custo de implementação,
  • Suporte e manutenção.

Essa análise comparativa ajudará a garantir que o fornecedor escolhido ofereça a melhor solução para as necessidades específicas da sua empresa. Para facilitar, você pode utilizar a Planilha de Avaliação de ERP para analisar cada oferta.

Simulação de ROI (Retorno sobre Investimento)

Antes de fechar a compra, é essencial fazer uma simulação de ROI (Retorno sobre o Investimento). Isso envolve calcular quanto tempo levará para o ERP se pagar por meio de melhorias operacionais, como aumento de eficiência, redução de custos e melhorias no controle de estoque.

5. Envolvimento da Equipe e Liderança

Alinhamento com a Liderança

Para que o projeto de implementação do ERP seja bem-sucedido, é essencial contar com o apoio e envolvimento da liderança da empresa. O time executivo deve estar presente em todas as fases do processo, garantindo que o ERP escolhido reflita a visão estratégica da organização.

Agenda de Reuniões

Durante a implementação, crie uma agenda de reuniões com a liderança e os principais envolvidos para monitorar o progresso do projeto. Isso garante que os prazos sejam cumpridos e que possíveis desafios sejam abordados rapidamente.

6. Orçamento em TI por Setor

Benchmark por Setor

Para definir um orçamento de TI eficiente, é essencial entender os benchmarks de investimentos feitos por empresas em setores semelhantes. Os gastos em TI variam significativamente conforme a indústria, devido às diferentes demandas e maturidade digital de cada setor. Abaixo estão dados mais aprofundados sobre os investimentos típicos em TI em diferentes indústrias:

  1. Manufatura
    Empresas do setor de manufatura geralmente investem entre 1% e 3% do faturamento em TI. Esse investimento relativamente baixo ocorre porque as operações de manufatura são frequentemente mais dependentes de infraestrutura física e maquinário do que de sistemas de software. Entretanto, empresas que estão adotando tecnologias de Indústria 4.0, como automação avançada e Internet das Coisas (IoT), podem ver seus gastos em TI aumentarem para 4% a 5%, conforme buscam digitalizar suas operações.
  2. Serviços
    No setor de serviços, os investimentos em TI são geralmente mais altos, girando em torno de 4% a 6% do faturamento. Isso se deve à dependência de soluções de software para gerenciar operações, atendimento ao cliente e otimização de processos internos. Por exemplo, empresas de consultoria, agências de marketing digital e empresas de TI frequentemente alocam uma parcela maior de seu orçamento para sistemas de CRM, ERP, ferramentas de automação de marketing e análise de dados.
  3. Varejo
    Empresas de varejo tendem a gastar de 2% a 5% do faturamento em TI. O investimento é destinado principalmente para soluções que suportam operações omnichannel, e-commerce, gestão de estoque e experiência do cliente nas lojas físicas e online. Varejistas que investem fortemente em personalização de marketing digital e sistemas de fidelidade podem ver uma porcentagem de investimento mais alta.

O Que Está Incluso no Orçamento de TI

Além do custo do ERP, o orçamento de TI deve incluir:

  • Infraestrutura (servidores, rede, etc.),
  • Suporte técnico contínuo,
  • Treinamento de usuários,
  • Atualizações e manutenções futuras.

7. Capacitação e Treinamento

Treinamento dos Usuários Finais

O treinamento é uma das etapas mais importantes da implementação de um ERP. Todos os usuários que utilizarão o sistema precisam ser adequadamente treinados para garantir que os processos sejam executados corretamente e sem erros. Investir em treinamento contínuo garante que os usuários aproveitem ao máximo as funcionalidades do sistema.

Programa de Capacitação Contínua

À medida que o ERP é atualizado e novas funcionalidades são implementadas, é fundamental que a equipe receba capacitação contínua. Isso não só mantém a eficiência da operação, como também melhora a adoção de novos processos.

8. Cultura de Inovação

A implementação de um ERP não se trata apenas de automação, mas sim de promover uma cultura de inovação dentro da empresa. O sistema permite não apenas a otimização dos processos, mas também traz insights estratégicos por meio de relatórios integrados e análises em tempo real, permitindo que a empresa se adapte rapidamente às mudanças do mercado.

 


Conclusão

Implementar um ERP é uma decisão estratégica que envolve uma série de passos críticos, desde o levantamento de necessidades até a capacitação dos usuários. Ao seguir as melhores práticas descritas neste artigo, sua empresa estará melhor preparada para garantir que a implementação seja um sucesso e que o sistema entregue os benefícios esperados.

Se você está em busca de suporte para escolher e implementar um ERP que atenda às necessidades da sua empresa, entre em contato conosco. Nossa equipe está pronta para ajudá-lo em cada etapa desse processo, garantindo que sua empresa tire o máximo proveito da tecnologia.